quarta-feira, 15 de junho de 2011

Distantes

                              (Para Marvin Castilho e Poliana Barreto)


O destino foi um amigo
juntou-nos numa noite escura
quem diria que tudo começasse com uma
caixa de fósforos para acender um cigarro.
Noites ébrias nas ruas foram etéreas,guardo
estas saudades, praticamente quimera regressar
as pegadas tatuadas nas ruas de outrora.

Mas nos recontros indo construindo sempre 
novas lembranças para chorar e rir,na solidão
apenas chorar,sentindo o cheiro pútrido do esgoto
estas memórias balsâmicas,flores onde se sente 
toda magia dos olores,nestas dores findadas 
no peito.Esqueço um pouco os nefastos odores

Distantes se encontrão este poeta e poetisa
resvalo tristemente com o maior desvelo
lembranças,peixes que no mar interno
nadam e como pescadores,amarramos
o anzol da agonia,para pega-los rapidamente
ao solta-los novamente,pegando-os novamente e 
novamente assim és estás lembranças

Em meu peito,fiz uma casa é simples
mais possui os dois irmãos,no coração
tenho profundos apreços destas almas
ternas,elevadas e puras.

Saudades,faca afiada,flor rara
em qualquer idade veem e faz-me
escravo,com devoção sigo-a 
sentindo-a no fundo do coração

Luiz Carlos

15 de junho,Queimados 2011

















Um comentário:

  1. "...em qualquer idade veem e faz-me
    escravo,com devoção sigo-a
    sentindo-a no fundo do coração..."

    Muito obrigada meu amigo. São tempos que sempre voltam. Voltam através das lembranças boas. A vontade de revivê-las é enorme, mas infelizmente ainda é difícil. Saudades sempre meu amado amigo. Obrigada por tudo! Pela amizade, pelo carinho e pela compreensão.

    Saudades!

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