terça-feira, 14 de junho de 2011

Açoite

Algoz melancolia,lentamente definha.
Nos campos outrora colhia,auroras de
minha infância há tempos perdida.

Lembra da inocência tão alegre
terna?.Lembra dos sorrisos ainda
presente?...

Ah,carrossel sempre vazio há girar
quem diria entristecido ficaria.
Ferida sempre aberta,açoite á dor
tão funda; escura tumba.

Rodopiando envolta,vozes atrozes
vozes,giram,giram,gritam,giram,gritam
e não cessam.

Acordando sinos agônicos,tremendo lábios
roxos,ah...não queria.
Suando nos delírios mais insanos,toca telefone!
Porrada na porta,tudo de uma vez chega,
desaba.Avalanche de lágrimas dementes

Recolhido,só e tão triste,sem alguém para falar
 isto que sinto.Tombando na alcova dolente
prostrando-se ao chão da alcova tão escura como
á cova.
Um pedaço de mim foste junto ao ente que se foi
Á terra dura da lama mais suja,agora pertence.

Luiz Carlos


14 de junho,Queimados 2011

Um comentário:

  1. "Lembra da inocência tão alegre
    terna?.Lembra dos sorrisos ainda
    presente?..."

    O que dizer?

    "Á terra dura da lama mais suja,agora pertence."

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