Árvore morta, no jardim...
mil vidas em sociedade em ti.
se alimentam do teu tronco,por fora
os galhos retorcidos,trazia a casta poesia
para mim.
Tantos braços distorcidos tocando o vazio
rijos,enturvecidos pelo tempo consumidor.
manchada dona árvore de golpes de machado.
tentaram toba-la,mais forte suas cerces ainda vivas
cravam na terra,toda força infinita.
Entre os galhos dava para contemplar o céu,
em seu cinzento véu,haurindo todo este fel
com o olhar viajante inerte,perambulando
nas imagens despidas da timidez
Ó árvore morta,passei e contemplei toda
sua forma,no jardim ignoto onde anoto
tudo com o gosto doce das desoladas tardes
tendo na alma,um desejo de abraça-la
e torna-me também árvore,me darão machadadas e
eu resistirei fortemente.
Luiz Carlos
29 de junho,Queimados 2011